25 de fev. de 2012

A Chuva


Nesta manhã tranquila
Estou aqui sozinho
Está tudo tão calmo e sereno
Apenas barulho da chuva
Que desaba lá de cima.
Você deve estar dormindo
Confortável em sua cama
Isso é simplesmente normal
Embora eu aprecie a solidão
Eu não me importaria,
Em estar um pouco com você
Nessa manhã preguiçosa
Velar seu sono e ver você acordar
Quem sabe, isso vá acontecer.
Queria que fosse “daqui a pouquinho”
Na sua casa ou na minha
Longe de todos os despertadores
No escuro e conforto de seu quarto
Ou na bolha vazia do meu...
Longe de todas as campainhas
De todos os barulhos do amanhecer
Mas estou preso fora de você
E vejo o dia nascer quebrado
Escondo as feridas que a noite me trouxe
Talvez a minha cura esteja em suas mãos
Mas sei que isso nunca caberá a você
Deixa a chuva levar meu cansaço
E o frio sossegar meu olhar
Preciso descansar meus olhos
E quando você acordar, sinta o dia
Pois quando o vejo, me escondo.

Um comentário:

  1. Uma manhã feita com empenho de palavras desenhando para a musa adormecida cada instante que precede o seu despertar.
    A mesma manhã que se ensinua preguiçosa, com a chuva, denuncia o cansaço que esse ser noturno carrega.

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