26 de dez. de 2011

Poema de Boteco (por Mariana Alves e Diego Nobre)


O que eu era, já não é mais
Meu amor, vem e mais
sempre que te vem
me invade e vai
me lança, me engole, me embola, me enlaça
me tira de mim
me faz pensar que não sou eu...
Se eu morresse contigo
seria uma maneira digna de morrer
Depois desse beijo, essa música.
Te quero, mas vai
a língua da tua boca me toca
minha pele te pede,
Chico, Nara
se eu pudesse escolher uma coisa boa
seria boa pra alma.
Um bêbado briga com a música
Chico vem!
me invade, me enlaça, me engole
em dois goles...

18 de dez. de 2011

Aleluia


Quando você respira com dificuldades
Pois o que rodeia você é pesado e sufocante
E todos olham pra você com desdém...
Você acreditou em tantas pessoas erradas
Perdeu tanto tempo acreditando e se decepcionou
Sente-se atraído a ficar para sempre só
E mesmo assim se culpa quando perde alguém
Mostra-se forte e tenta se socializar com a família
Mas em sua cama chora pedindo forças a Deus
Aleluia, Aleluia, Aleluia...
Ninguém sente seu desespero
Ninguém enxuga suas lágrimas
Ninguém escuta seu clamor
Apenas Deus
Aleluia, Aleluia, Aleluia...
E assim não está tão só
Existe um mundo lhe esperando lá fora
E a luz doada por alguém que vale a pena
Energia para lutar contra seu próprio mal
Deus queria amá-lo como me amas
Aleluia, Aleluia, Aleluia...

15 de dez. de 2011

Inaudito


Abstrair-se de sua própria natureza
Por um minuto abnegar sua alma
Tornar-se altruísta por mera apostasia
 Abduzir-se a procura de carisma
Tentar ser bom a cada alvorada
Obter o máximo de sabedoria
Submeter a um controle metódico
Todo mal para que em mim não fira
Tentar seguir todas as ordens benéficas
Segurar toda possível compunção
Tentar não ser autodestrutivo
Esquecer todos os problemas da vida
Parar de tentar entender o inexplicável
Pesar pelo lado bom das pessoas
Reavaliar tudo que por si foi imposto
Cuidar do mundo para as gerações futuras
Exortar todos os pequeninos para o bem
Para que não haja gerações facciosas
Viver cada segundo para que a vida não seja fugaz
Para que ainda possamos haurir o melhor de si
Imolar a si, para que deveras, tenhas paz.

8 de dez. de 2011

O Último Beijo


Em um sonho meu
Eu vi seus olhos pequenos
E seu jeito de me encantar
Sua voz doce me chamando
E suas mãos finas e macias
Tocando sutilmente em meu rosto
Pude até sentir seu cheiro discreto
Tocar em seus cabelos sedosos
Observar você cuidadosamente
Enquanto meu desejo era não acordar
Descansei você em meus braços
E olhei profundamente em seus olhos
Pude sentir o quanto desejei esse momento
Aproximei-me aproveitando cada segundo
Os meus lábios dos seus até encontra-los
O meu sonho ficou completamente em silêncio
E tudo que existia naquele momento
Era um beijo digno de uma despedida
De uma despedida que nunca existiu
Então acordei...

3 de dez. de 2011

Minha História



Que em teus braços eu descanse
Que veles meu sono inteiro
Que estejas quando eu acordar
Para simplesmente me levantar
Para ficar comigo o dia inteiro
Para que meus passos não parem
Que meus olhos não se fechem
Onde quer que vá me carregue
Para que nunca me digas adeus
Para eu continuar minha história