20 de mai. de 2011

Avareza



Enquanto eu fecho portas
E monto barreiras de areia
Em frente ao meu bunker
Cercas eletrificadas ao redor
Campo minado por todo lado
Suplementos para alguns anos
Terei que economizar energia
Por quanto tempo irei resistir?
Tanta coisa que eu queria dizer
Mas não tem ninguém aqui
Morrerei de sede ou fome?
Ou definharei pela total solidão?
Não viverei sobre total escuridão
Enquanto estarei atrás das portas
O tempo arrebatará o velho mundo
Para que não seja o próprio morto
Exausta atenção sob céus de estrelas
Para que estar preso na vida morta
Ou será que o que me criou me dará
Uma nova fruta e uma nova Eva
Um novo Éden e um tempo diferente
Por simples e total avareza de Deus

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