14 de mar. de 2011

O Fogo


Toda essa loucura destrói minha imagem
Eu nunca deixei de ser complexo e depressivo
A vida é dura, eu sempre vejo sorrisos falsos.
Eu não tenho culpa de não dar atenção a vocês
Vocês nunca me deram atenção também
É difícil ter amigos, pois é difícil ter fidelidade.

As esquinas guardam os vícios
As armas lhe oferecem a morte
As drogas roubam sua liberdade
Enquanto estou semanas sem dormir
Meus olhos estão cansados
O telefone toca “é apenas um engano”
A menina recebe flores e acha fora de moda
Uma noite e sua cama esta molhada
Alguém que ela não conhece lhe provou
“A vida é apenas o presente”
Eu não esqueci o passado...
Eu ainda penso no futuro
Mesmo com mãos fracas eu agarrei o amor0
E agora, ele está preso dentro de mim.

Flores apenas aos mortos
Os mortos do presente
Os mortos da moda.

Desculpe-me se eu machuquei você
Não há como ser gentil em sua época
O tecido do seu vestido é fino
Suas vestes íntimas são brancas
Alguém me disse que você é boa de cama
Preciso ter certeza disso.

Eu sempre fui esquisito
Eu nunca entendi bem isso
Talvez eu nasci atrasado...
A menina me olha,
Pede-me um cigarro
E o fogo se acende...

A última safra do amor
Onde encontrei o meu
E mesmo com mãos fracas
Eu o agarrei com força
 
Texto de 2005: Diego Nobre

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