16 de ago. de 2011

Sem Saída

Sem Saída
Sutileza é um passo lento
Ser gentil é amar o próximo
Sentir raiva é não externar a si
E amar nunca será total felicidade
Não ser é não fazer parte de nada
E sem luz nunca conseguiremos ver
A montanha é de areia e pedra
E pode ser também de gelo
O céu é azul e o universo negro
Nem todas as estrelas estão vivas
Nem todas as direções são certas
Existem becos sem saída
E nem tudo que é grande
É melhor que um pequeno
O vento assopra e te leva
Mas a terra prometida está longe
Sua fome te faz comer a si mesmo
E sua sede te faz engolir saliva
Quando você passa ninguém lhe vê
Um invisível sujo de lama
Longe das línguas afiadas
Não se mostrar não é estratégia
Seguir sempre a linha da proteção
Esconder suas impressões digitais
E suar no sol escaldante
 E acabar em um beco sem saída

Nenhum comentário:

Postar um comentário